Conforto solitário é um texto de ... Adriana Tozzi
- Daniela Amaral
- 21 de out.
- 1 min de leitura

A ausência tem um peso,
Se move comigo,
Desliza pelos dias,
Me atrasa.
Busco teu nome,
Teu rosto,
Um reflexo torto na vidraça embaçada da cafeteria,
Mas tudo é opaco,
Sem respostas.
Ainda assim, te vi na curva de um riso,
Na dobra do casaco de um estranho,
Nos gestos suaves da moça de dedos finos.
O passado me habita,
Teu nome permanece em minha boca,
Preso entre os dentes,
Dito e desdito.
E como se o tempo nada soubesse,
Torço para que a morte me leve,
E assim nos encontremos outra vez.








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